Ai do mundo por causa dos escândalos, porque é necessário que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem, Mateus 18:7
Esta frase forte e determinada de Cristo nos escancara a realidade que enfrentamos hoje.
O mundo foi sacudido, principalmente o Brasil, terremotos morais e religiosos estão ao chão, a sociedade acreditou em pessoas que as decepcionaram, mas como viver unidos se tudo está desmoronando?
Este momento de ruptura de padrão, ciclos de mentiras, nos ensina muito sobre como conviver em comunidades e nações que não estão sempre alinhadas.
Nossa vida rural e rígida com padrões morais elevados foi sendo aos poucos substituída por uma cultura globalizada e argumentativa, o antigo passou a ser ameaçador e controlador.
Se olharmos de modo macro onde a sociedade se espelha nos modelos internacionais podemos observar que em todos os lugares os problemas são difíceis de resolver. Primeiro porque são geracionais e é preciso coragem para mudanças, segundo porque copiar o de fora sem olhar realidades locais é um erro.
Existem Bolhas Azuis espalhadas pelo mundo, são as comunidades de pessoas saudáveis e longevas, em um planeta de mortes perto dos 60 anos isso é ponto de atenção. Nessas comunidades o que se destaca não é a evolução tecnológica, muito menos a política, a comida e exercícios ajudam muito, mas são os relacionamentos verdadeiros e o compartilhar da mesa, dividir o pão que fazem toda a diferença.
A religião impôs tantas coisas sobre estilo de vida, o que fazer o que não fazer, quando e onde. Hoje vemos idosos como adolescentes e jovens sem ânimo.
A geração X, (1965 -1984)a qual faço parte está no meio termo, temos a tendência a ditar os próximos anos na política e na economia. Justo a geração que mais sentiu as transformações sociais desta era, saimos do analógico para o digital, mudamos de século, milênio, carros eletricos, casas inteligentes, filhos em vitro, relações líquidas, redes sociais, a longevidade ficou para remédios que inibem apetite, pois é a mesa virou um trem fantasma.
O que os 40+ irão nos auxiliar? A rebeldia nunca foi esquecida por isso buscamos manter a identidade, gostamos de relacionamentos, propósito, significado, trabalho com prazer e família (seja de que forma for construída) compartilhar o pão é importante mas perto de pessoas recíprocas, saudáveis emocionalmente.
Propor uma sociedade igualitária é mais a fundo do que parece, é preciso reconhecer talentos e dar suporte para que eles sejam encorajados a continuar diante de tanta hostilidade. Só fica forte se têm estrutura, do contrário vamos morrer cegos pelas influências externas.
O Brasil pode mais, mesmo diante de escândalos, saíremos mais fortes porque o que nos une é maior do que nos divide. É de dentro que a esperança vem. Continue acreditando você só está transicionando de fase, mas é nessa fase que o brilho aparece.
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