Geral - Milton Nascimento, uma lenda viva da Música Popular Brasileira, um gênio reconhecido e reverenciado mundialmente, foi tratado pelo Grammy 2025 como um figurante. Sim, senhoras e senhores, um dos maiores nomes da história da música foi jogado para a arquibancada do evento, enquanto artistas "mais midiáticos" ocupavam as mesas principais.
De acordo com uma matéria publicada no Omelete (https://www.omelete.com.br/musica/milton-nascimento-ausencia-grammy), a justificativa dada pela organização foi: "Apenas os artistas que eles queriam no vídeo" tinham direito às cadeiras de destaque.
Vamos aos fatos: Milton estava lá como indicado ao prêmio de Melhor Álbum de Jazz Vocal ao lado de Esperanza Spalding. Isso mesmo, um brasileiro indicado ao Grammy e, ainda assim, reduzido a um expectador sem importância. Nascimento tem uma carreira brilhante, com prêmios internacionais e colaborações com lendas como Wayne Shorter e Herbie Hancock. Seu álbum com Esperanza Spalding, Milton + Esperanza, foi celebrado pela crítica, mas, aparentemente, não o suficiente para garantir a ele um assento digno no evento.
Segundo matéria publicada no site Hugo Gloss (https://hugogloss.uol.com.br/premiacoes/grammy/grammy-2025-milton-nascimento-explica-por-que-nao-participou-de-cerimonia-principal-e-revela-o-que-ouviu-da-producao/), "a ausência de Milton na cerimônia principal foi um protesto. Sua equipe optou por não compactuar com essa falta de respeito".
A equipe de Milton revelou ainda que, quando questionados sobre a escolha de lugares, a organização do Grammy justificou que "ficariam nas mesas apenas os artistas que eles queriam no vídeo". Essa declaração foi destacada na matéria da CNN Brasil (https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/grammy-milton-nascimento-explica-por-que-nao-teve-cadeira-na-cerimonia/).
E quem perdeu com isso? O próprio Grammy. A instituição que se propõe a celebrar a música perdeu a chance de honrar um dos maiores artistas de todos os tempos. Enquanto a Academia da Gravação se preocupa em exibir quem dá mais cliques e engajamento, o legado da verdadeira música fica de lado. Como bem apontou o jornalista Mauro Ferreira em seu blog no G1 (https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/02/03/milton-nascimento-e-vitima-de-absurdo-e-inaceitavel-desrespeito-pelo-grammy-que-lhe-negou-um-assento-na-cerimonia.ghtml), "Se o álbum concorrente Milton + Esperanza é assinado pelo artista brasileiro com Esperanza Spalding, por que foi recusado ao cantor o direito dado à parceira na criação e gravação do disco?".
A verdade é que Milton Nascimento nunca precisou do Grammy para ser imortal. Ele já está na eternidade da música, enquanto a premiação segue colecionando gafes e injustiças.
Perdão, Milton, eles não sabem o que fazem. Mas nós sabemos quem você é: uma lenda que transcende premiações e que segue inspirando com sua música.
Filipe Souza
👽 Gateiro, thelemita, amo a cultura hindu;
👽Converso sobre aliens, esoterismo, Google Ads e receita de bolinho de chuva!
📀Colecionador de LPs, CDs, Livros e histórias;
🤘 Ah! E metaleiro;
🃏Jogo uns tarôs de Crowley;
– Jornalista, designer e Workaholic;
– Produtor de conteúdo e apresentador do canal Cinco Miligramas de Misantropia;
– Amo cozinhar e degustar cervejinha artesanal;
Instagram @filipesouza_5mg_misantropia
Comentários: