O Brasileiro é um povo emotivo, lembro-me das campanhas de arrecadação de doações a projetos que buscam melhoria de vida à população carente de nossas cidades. Quadros em programas de TV nos fins de semana que mostravam a dura realidade das famílias brasileiras e o altruísmo dedicado a elas, por pessoas envolvidas em caridade e amor ao próximo.
Mas o tempo da família reunida em volta do rádio ou da TV não voltam mais. Os smartfones são individuais, cada um escolhe o que deseja, individualidade de entretenimento, busca pessoal pelos próprios interesses.
Muitos acham positivo o chefe da família não mais ter a liderança do controle remoto, pois hoje isto é obsoleto e desnecessário, até a TV também se controla pelo celular.
Não é sobre TV nem entretenimento solidário que estou falando. Pessoas que antes detinham a liderança de suas casas hoje desejam tempo à mesa sem celulares ligados. Muita desonra e pouco diálogo tiraram a presença cotidiana e isso pesa.
Não é de se estranhar que o significado de família é cada vez mais abrangente, isso denota que poucos estão desejando liderar em casa, preferem não conversar nem polemizar para evitar desgastes, mas quando ainda existe familia em mesmo lugar de habitação. Mudanças sociais e papéis de gênero alterados ampliaram o debate.
Ser herói no lar capaz de dar a vida pela família, encontrar unidade e compromisso é algo cada vez mais raro.
As relações são líquidas, rasas e sem profundidade, traições, abandono, brigas e isolamento são armas sociais para quem deseja o controle de mentes angustiadas pela falta de pertencimento.
A quem se dá o benefício de tamanha desestruturação e desgaste emocional? CAPS, psiquiatras, psicólogos e terapeutas de todas as escolas da mente não tem uma só resposta para tanta ruptura. Mas a verdade é que estamos desgovernados, falta amor nas lideranças, falta conexão nos lugares de base, é necessário que voltemos às raízes e urgente. O diálogo é a resposta.
Sacrifício é seguir a cada dia com esperança e fé. Isso mesmo, ainda há esperança, pois se esperamos o que não vemos, com fé esperamos, para que ainda no fundo exista uma geração que se importe de verdade uns com os outros.
Os heróis precisam voltar, precisam se reconhecer como heróis, necessitamos deles em cada lar e cada esquina, protegendo e amparando os mais fracos. Não estou falanndo de gênero e sim de pessoas que dão suporte para outros exercerem sua missão, as vezes o herói conserta o chuveiro ou cozinha o feijão.
Não há necessidade de views, nem seguidores, nem tão pouco de filmagem, é só fazer o bem ao próximo, escolher melhores representantes, buscar saídas, viver sua espiritualidade por dentro e não esperar reconhecimento. Faça por você mesmo que não te agradeçam, tem alguém te observando. O Big Brother lá do céu vê tudo.
Seja gentil, seja presente, seja grato, seja humano, a tecnologia ainda não substituiu o que seu coração sente em um abraço apertado.
Conheça, participe, compartilhe a cultura de paz através da mediação.
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lives toda 3ª as 20hs.
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