Mais de 70 milhões de brasileiros estão negativados. O super endividamento, antes visto como problema individual, se consolidou como uma das principais barreiras sociais e econômicas do país, impactando famílias, bloqueando oportunidades e minando a dignidade de quem já não consegue manter as contas básicas em dia.
Na região Sul Fluminense, a chegada da empresa Meu Bom Crédito representa uma nova abordagem para esse cenário: recuperação de crédito com base legal, tecnologia de ponta e parcerias estratégicas. À frente dessa iniciativa está Valmir Cordeiro Ferreira, executivo com mais de duas décadas de experiência como CEO em grandes empresas brasileiras, reconhecido por sua habilidade em alinhar planejamento financeiro, liderança estratégica e cultura de resultados.
Atualmente, Valmir conduz um processo de reestruturação e expansão nacional da empresa, com foco em performance, governança e escalabilidade. Especialista em modelagem financeira, estruturação de times e organização de processos, ele acredita que limpar o nome não é apenas resolver uma pendência bancária, é restaurar autonomia, crédito e cidadania.
Nesta entrevista ao jornalista Charles Barizon, Valmir fala com franqueza sobre o estigma de ter o nome sujo, os perigos dos “serviços milagrosos” e como a Meu Bom Crédito quer transformar a reabilitação financeira em um direito acessível, legítimo e transparente.
Folha do Café: Você tem uma carreira consolidada como CEO em grandes empresas no Brasil. Como essa trajetória te preparou para liderar a Meu Bom Crédito?
Valmir Cordeiro Ferreira: Minha experiência executiva me ensinou que nenhuma operação se sustenta sem planejamento financeiro, equipe bem estruturada e, principalmente, clareza de propósito. Liderar grandes empresas me preparou para tomar decisões difíceis, implantar processos eficientes e construir cultura. Quando aceitei o desafio de liderar a Meu Bom Crédito, eu sabia que não era apenas sobre números, não eram apenas CPF e sim pessoas, famílias, era sobre transformar vidas por meio da reabilitação econômica. E aqui, cada história importa.
Folha do Café: Você tem uma ligação antiga com a região Sul Fluminense. Como é voltar agora com essa nova missão?
Valmir Cordeiro Ferreira: É um retorno carregado de significado. Fui diretor de um importante empreendimento na região anos atrás, e aqui construí laços que ficaram para sempre. Meu filho nasceu aqui, minha família tem um carinho enorme pela região. Voltar agora, com um projeto tão transformador como a Meu Bom Crédito, é mais do que trabalho, é quase um recomeço pessoal também. Estamos animados, comprometidos e muito próximos da realidade local.
Folha do Café: Valmir, sua empresa chega à região Sul Fluminense em um momento em que o país atravessa um alto índice de endividamento. Mas esse mercado costuma ser cercado de desconfiança. Como você enxerga isso?
Valmir Cordeiro Ferreira: Com realismo. O termo “limpar o nome” se banalizou, e a desconfiança das pessoas é legítima. Há muitas promessas vazias no mercado, mas o problema da negativação é sério, urgente e precisa ser tratado com responsabilidade. Chegamos à região com uma proposta diferente, atuamos com transparência, base legal sólida, tecnologia confiável e parcerias sérias. Não prometemos milagres. Trabalhamos com informação clara, processos legais e renegociação justa, sempre com suporte jurídico especializado e respaldo na legislação vigente, como a Lei do Super endividamento. Na Meu Bom Crédito, oferecemos processo, orientação e caminho seguro, com foco na reabilitação financeira de verdade, e com respeito à dignidade de cada cliente.
Folha do Café: Você acredita que limpar o nome é apenas uma questão financeira?
Valmir Cordeiro Ferreira: De forma alguma. É um ato de cidadania. É muito mais do que regularizar um CPF. É recuperar o direito de sonhar, de empreender, de viver com dignidade. Quando o nome está negativado, a pessoa perde autonomia. O nome sujo exclui silenciosamente. A pessoa perde acesso ao básico. Não consegue financiar ou alugar um imóvel, nem mesmo acessar políticas públicas em alguns casos. Limpar o nome é um recomeço.
O crédito no Brasil, hoje, funciona como uma porta de entrada para oportunidades. Mas quando você tem o CPF negativado, essa porta está fechada. É como se o sistema dissesse: “Você não serve mais”. E nós discordamos disso. Meu Bom Crédito nasceu para dizer que é possível recomeçar com dignidade.
Folha do Café: O que você diria a quem tem vergonha de procurar ajuda por estar endividado?
Valmir Cordeiro Ferreira: Eu diria que a vergonha deveria estar do outro lado. O sistema faz a pessoa acreditar que a culpa é só dela, quando na verdade é o modelo de crédito que está errado. Nós tratamos cada caso com respeito e empatia. Não há julgamento. O que há é uma equipe pronta para ouvir, orientar e traçar caminhos possíveis. Ninguém precisa ficar preso a dívidas para sempre. Negociar não é vergonha. É coragem. No sistema que lucra com juros abusivos e que não oferece caminhos de recuperação reais. Endividar-se não é crime. É uma consequência, muitas vezes, de falta de orientação, crise econômica ou decisões tomadas sob pressão. Nosso papel é olhar para essa pessoa como um cidadão, não como um “inadimplente”, sem caráter. E mostrar que existe saída, sim. Não rápida, nem milagrosa. A dívida não pode ser uma sentença perpétua.
Folha do Café: Meu Bom Crédito fala muito sobre reabilitação financeira. O que isso significa na prática?
Valmir Cordeiro Ferreira: Significa entender que o consumidor não quer só quitar uma dívida, ele quer recuperar o controle da própria vida. Reabilitação financeira envolve renegociação, sim, mas também educação, orientação, planejamento. É mostrar que existe caminho, que o crédito pode ser reconstruído com responsabilidade e apoio técnico. E, principalmente, que o nome limpo precisa abrir portas, e não ser apenas um registro no sistema.
Folha do Café: E o que torna a Meu Bom Crédito diferente das outras?
Valmir Cordeiro Ferreira: A nossa atuação é ética, técnica e empática. Trabalhamos com sistemas de análise avançados, mas sempre ouvindo o cliente. O que mais ouvimos é: “Ninguém nunca me explicou isso antes.” Além disso, defendemos uma causa: a reabilitação econômica do cidadão. O reposicionamento dele no mercado de crédito e o uso consciente das oportunidades de crédito. Estamos aqui para reconstruir a relação do cliente com o crédito, com o consumo, com a própria autoestima. E isso exige conhecimento jurídico, visão de mercado e, sobretudo, respeito.
Folha do Café: Você acredita que o sistema financeiro precisa ser mais justo, precisa mudar?
Valmir Cordeiro Ferreira: Sem dúvida. Hoje, o crédito virou armadilha para quem mais precisa dele. A pessoa erra uma vez e o sistema a condena por anos. Uma pessoa pode pagar todas as dívidas e ainda assim ser barrada por um registro interno, como no Registrato do Banco Central. Isso precisa ser discutido. O Brasil precisa de um sistema de crédito mais humano, justo e acessível. Nós acreditamos no direito ao recomeço. Por isso, defendemos que limpar o nome não deve ser privilégio de quem tem acesso, mas um direito de todos que estão dispostos a acertar.
Folha do Café: Qual é sua mensagem para quem está com o nome negativado?
Valmir Cordeiro Ferreira: Você não está sozinho. Ter dívidas não diminui o seu valor, e definitivamente não define quem você é. O que realmente define você é a coragem de encarar a realidade, buscar orientação e dar o primeiro passo para mudar. Limpar o nome é mais do que resolver uma dívida: é reescrever sua história com dignidade, liberdade e possibilidades reais de futuro. Você encontra na Meu Bom Crédito, mais do que um CNPJ, encontra uma equipe pronta para ouvir, orientar e construir soluções com você, passo a passo. Sem promessas vazias. Com verdade, respeito e responsabilidade. Se você sente que chegou a hora de virar essa página, nós estamos aqui. Para caminhar com você, e para mostrar que o recomeço é possível.
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