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Quarta-feira, 09 de Julho de 2025
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Além do Varejo

Quem tem medo da Inteligência Artificial?

“O cérebro eletrônico faz tudo, quase tudo Faz quase tudo, mas ele é mudo…”

Folha do Café
Por Folha do Café
Quem tem medo da Inteligência Artificial?
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Esses versos de Gilberto Gil, lançados lá em 1969 na música Cérebro Eletrônico, poderiam muito bem estar em uma playlist de 2025. Porque, mais de 50 anos depois, ainda tem muita gente com medo de que a tecnologia “faça tudo” — e, com isso, nos substitua.

Basta falar em Inteligência Artificial que já vem junto um pacote de preocupações: “Vai acabar com meu trabalho?”, “Vai tirar o emprego das pessoas?”, “Vai falir empresas?”, “Vamos ser controlados pelas máquinas?”

A verdade é que a IA não é vilã — mas também não é uma solução mágica. O que ela é, de fato, é uma ferramenta poderosa. E como toda ferramenta, o impacto que ela gera depende de quem a usa, como usa e com qual propósito.

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A gente vive dizendo que o mundo muda rápido — e muda mesmo. Mas talvez nunca tenhamos visto uma transformação tão acelerada quanto a provocada pela IA generativa. Em questão de meses, ela se tornou acessível, popular, debatida, temida e até “diabolizada”. E no meio disso tudo, o que mais vejo são profissionais paralisados pelo medo ou ocupados demais tentando provar que “isso aí não vai durar”.

A notícia é: vai durar, sim. E mais do que isso, vai evoluir — cada vez mais rápido. A Inteligência Artificial já é uma realidade, e ignorá-la não vai proteger seu trabalho ou seu negócio. O que protege é o conhecimento. É entender que a IA não substitui o ser humano, mas sim potencializa suas habilidades.

Ela escreve? Sim. Mas ainda precisa do seu olhar crítico, da sua estratégia, da sua sensibilidade para conectar com o público. Ela analisa dados? Sim. Mas quem transforma dados em decisão ainda é você. Ela ajuda no atendimento? Com certeza. Mas quem fideliza o cliente é o fator humano — empatia, escuta, ética.

A IA é uma aliada para quem tem clareza do seu papel e da sua entrega. Quem entende o próprio valor, quem estuda, testa, aplica com inteligência, vai crescer com a IA — e não ser engolido por ela.

O que pode, sim, ficar para trás, é o profissional que insiste em fazer tudo como fazia em 2015, que fecha os olhos para a tecnologia, que tem medo de explorar novas formas de trabalhar. Porque o mercado não vai parar para esperar quem ainda está discutindo se “isso é modinha”.

Minha dica? Ao invés de temer, estude. Ao invés de rejeitar, teste. Ao invés de pensar “isso vai me substituir?”, pergunte: “como posso usar isso a meu favor?”

Como diria Gil, o cérebro eletrônico “faz quase tudo, mas ele é mudo” — e quem dá voz e direção a ele, ainda somos nós.

 


 

Camile Teixeira é publicitária, especialista em marketing e comunicação estratégica, com mais de 25 anos de experiência no mercado. Nesta coluna, compartilha reflexões e ideias práticas sobre marketing, varejo, empreendedorismo e produtividade.

FONTE/CRÉDITOS: Camile Teixeira
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