Piraí - Você sabia que seu amor, sua atenção e empatia podem transformar vidas? Em Piraí existe um lugar onde cada gesto como esse faz total diferença: A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). A Folha do Café foi até as instalações da Apae de Piraí não só para mostrar de perto o quão importante é o trabalho realizado com as pessoas que possuem deficiência intelectual e múltipla, mas também para mostrar que o apoio da comunidade é essencial. Nessa matéria especial trazemos para reflexão de nossos leitores, como uma comunidade ativa e responsável, pode trazer uma qualidade de vida muito melhor para quem mais precisa, além de contribuir com a inclusão e respeito às diferenças.
A Apae de Piraí conta com o apoio de profissionais empenhados em oferecer atendimento especializado, acolhimento e educação de qualidade para todos os seus assistidos. Entre estes profissionais estão: a presidente da Apae Monique Lima, a diretora Camila Vitipó e a professora Ana Cristina. “Nós temos na grade curricular, a aula de artes e educação física. Também temos uma parceria com a Secretaria de Esporte e Cultura, que nos cedeu professores de biodanza, zumba, lambaeróbica e música. Hoje nós temos 54 alunos matriculados,” comenta Camila Vitipo.
Embora a Apae consiga oferecer estas novas atividades aos alunos, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados. “Os desafios da Apae de Piraí são muitos, hoje nós precisamos de fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, neurologista, psicólogo, mais uma fisioterapeuta. A gente tem pleiteado junto ao governo, para que nos ajude fornecendo estes profissionais para a Apae,” explica a presidente Monique. De acordo com ela, a instituição ainda não possui capacidade financeira para arcar com esses custos.
A presidente Monique, ainda destaca que a Apae é uma instituição extremamente importante. Pois além dela prestar assistência direta, ela também busca a efetividade do direito das pessoas com deficiência. Na atual gestão foi criado o departamento jurídico, onde é possível entrar com ações coletivas, oficiar o poder público entre outras ações. “ Realizamos esse apoio jurídico quando a gente vê que algum direito das pessoas com deficiência não está sendo atendido, ou está insuficiente”, completa.
Além de todo o empenho e trabalho dedicado dos profissionais e voluntários da instituição, o apoio familiar e da comunidade ao entorno é fundamental para a manutenção e melhoria dos serviços prestados. “O apoio familiar é a base de tudo, né? Se a família caminhar junto com a escola, auxiliando no trabalho da escola, do que é feito, será muito eficaz para os alunos”, destaca a professora Ana Cristina. Ela ainda completa que a comunidade precisa ser parceira da Instituição. “Fazendo parte, vindo visitar, prestando solidariedade com as nossas crianças. O pouquinho que a comunidade ajuda é importante para nossa Apae e principalmente na vida dos nossos alunos.” disse Ana.
A Apae realiza eventos e campanhas beneficentes e tudo o que é feito tem o bem estar dos alunos como objetivo. Por isso, a participação da comunidade de Piraí é essencial. “O que eu peço da população é que haja mais engajamento, que eles deixem o preconceito de lado e que entendam que não existe uma deficiência maior que a outra. São todas pessoas com deficiência enfrentando barreiras”, explica Monique. Ela ainda comenta que a maior barreira é a humana, ou seja, o preconceito e falta de empatia, pois isso prejudica o avanço do direito das pessoas com deficiência.
“Esse também é o papel da comunidade, é isso o que eu peço, que a comunidade cobre, que a comunidade nos procure, que participe dos nossos eventos, que participe das nossas campanhas, porque enquanto a comunidade não se juntar, nada vai para frente. Eu acho que está na hora da gente se juntar, se unir e todo mundo cobrar uma efetividade do nosso poder público” concluiu Monique.

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