O Brasil vive um momento de preocupação com a adulteração de bebidas destiladas com metanol, uma substância altamente tóxica que pode causar cegueira e até levar à morte. Nas últimas semanas, casos de intoxicação foram confirmados em diferentes estados, levando o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais a criarem forças-tarefa para conter o problema.
De acordo com as autoridades, o consumo de bebidas alcoólicas contaminadas ocorre, em geral, quando o produto é adquirido de fontes não confiáveis, como vendedores informais ou estabelecimentos sem registro. O metanol, utilizado de forma ilegal por falsificadores para baratear o custo de produção, é um álcool impróprio para o consumo humano e extremamente perigoso.
Diante da gravidade da situação, o Ministério da Saúde instalou uma sala de monitoramento nacional e vem coordenando ações conjuntas com a Polícia Federal, Anvisa e secretarias estaduais de saúde. As operações de fiscalização já resultaram na apreensão de milhares de garrafas de origem suspeita, e campanhas de conscientização estão sendo intensificadas em todo o país.
No estado do Rio de Janeiro, o Sindicato de Bares e Restaurantes (SindRio) também se manifestou, reforçando que a maioria dos estabelecimentos formais trabalha dentro das normas e compra bebidas de distribuidores homologados, com nota fiscal e rastreabilidade. A entidade lamenta a queda de movimento registrada nos últimos dias, mas pede que os consumidores não deixem de frequentar locais legalizados, onde há controle de procedência.
Apesar da atuação firme das autoridades, especialistas alertam que o cuidado individual é essencial. Ao adquirir bebidas alcoólicas, é importante verificar o rótulo, o lacre, o selo fiscal e a origem do produto. Desconfie de preços muito baixos ou embalagens malfeitas. Em festas, eventos ou viagens, evite consumir produtos de procedência desconhecida.
A crise atual serve de lembrete de que a segurança no consumo de bebidas depende da responsabilidade de todos — do poder público, do comércio e, principalmente, do consumidor. Informar-se e comprar com consciência são atitudes simples que podem salvar vidas.
Júnior Rocha é vereador e presidente da câmara de Piraí
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