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Fluminense vence e é líder de seu grupo na Libertadores 2024

Por Augusto Carpazano 10/05/2024 às 08:38:04

Na noite dessa quinta-feira, o Fluminense foi a Santiago jogar contra o Colo-Colo e contra uma pressão impressionante feita pelo time da casa. Não foi uma pressão onde o goleiro Fábio tenha sido um destaque, porém onde o time visitante não conseguiu jogar tamanho domínio do jogo pelo time branco e preto. Jorge Almirón, técnico do Boca Jrs na final de 04 de novembro, observou que no primeiro jogo, disputado no Maracanã em abril, todas as suas melhores chances aconteceram quando seu time subia a marcação e pressionava a saída de bola do Tricolor.

Sem a presença de Vidal, suspenso, o meio campo do "El Cacique" ficou mais dinâmico e foi determinante para o ritmo de pressão do time da casa.O 4-1-4-1, de Almirón muitas vezes era um 2-3-5, pois os laterais avançavam para dentro da área do Flu, os volantes ficavam como armadores e os pontas se aproximavam do centroavante Pizarro

Do outro lado o time de Diniz aceitava a pressão. Sem André e Samuel Xavier, que se recuperam de lesões, seus substitutos Lima e Marquinhos, deslocado para lateral com Douglas Costa jogando como ponta, estavam perdidos em suas funções. Douglas Costa, então, era peça nula em campo. Não pressionava sem a bola e com ela pouco produzia. Além disso, pela pressão imposta pelo Colo-Colo, Cano participou mais da fase defensiva do que ofensiva.

O Fluminense, além de não ser capaz de controlar o jogo, perdeu uma grande oportunidade num erro tático do time da casa. Os chilenos davam muito as costas de seus zagueiros e se tivesse Marquinhos como ponta, e um outro jogador de velocidade pelo outro lado (Keno, se tivesse numa fase melhor) o time carioca encontraria muitas oportunidades de sair na cara do goleiro Cortes.

Com a contusão de Douglas Costa, e a entrada de Alexsander, o time Tricolor foi totalmente alterando ainda na primeira etapa. O camisa 5 entrou dando mais suporte defensivo a Marcelo, que sofria com a velocidade de Zavala tendo ainda a participação de Lima, que agora era o ponta esquerda, Arias voltou a posição onde ele produz mais para o time, como um ponta armador pela direita e Marquinhos seguia dando espaço como lateral improvisado.

Mesmo assim, o time teve uma melhora, pois ficou mais dinâmico e com um jogador mais participativo (Alexsander). Além disso, o primeiro chute a gol do Flu saiu numa jogada nas costas do zagueiros quando Lima recebeu e Cortes fez grande defesa. Com a pressão do time da casa, e o mal desempenho individual o 0 x 0 ficou de bom tamanho para os brasileiros no primeiro tempo.

No segundo tempo os donos da casa, mesmo tentando fazer a mesma pressão do início, já não tinham o mesmo gás. Apesar de boa partida do ponta esquerda Bolados e o meia volante Vicente Pizarro, que inclusive mandou uma bola na trave, o Colo-Colo somente chegava em chutes de fora da área. Faltava, aos chilenos, um capricho a mais no último passe.

Os brasileiros, apesar de um jogo tecnicamente pobre, tiveram um desempenho defensivo muito correto, além de igualar na disputa pela bola. Aos poucos o Fluminense foi saindo para o jogo e após um escanteio a bola chegou para Marcelo que arriscou o chute e contou com a "casquinha" de Manoel abrindo o placar na capital do Chile. 0 x 1

Diniz ligou o "modo José Mourinho" e colocou Guga e Antônio Carlos fazendo um 6-4-0 no final do jogo. Marquinhos passou para o lado esquerdo e ele e Arias serviam, agora, como laterais. O time chileno errou muitos passes e não conseguiu superar a boa marcação do time carioca. Com a vitória, o time brasileiro alcançou a liderança do grupo e mostrou que mesmo sem um jogo brilhante, a competitividade trouxe o resultado.

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