Na noite dessa quarta-feira mais um carioca estreou pela fase de grupos da Libertadores 2024. O Botafogo recebeu o Júnior Barranquilla no Nílton Santos. Os colombianos não foram visitantes nada simpáticos e dominaram o Fogão no primeiro tempo. Contando com jogadores conhecidos do futebol brasileiro, como Chara, ex Atlético MG, e Cantillo, ex Corinthians, o time do técnico Fuente armou uma "arapuca" para os donos da casa, mas sabe aquele plano mirabolante que seu adversário faz perder a graça de tão mal que joga? Então, foi assim o primeiro tempo.
O time colombiano forçando os lados do campo, haja visto Ponte e Hugo estão longe de serem ótimos marcadores, visando ganhar território e pressionar a saída de bola. Além disso, Cantillo ficava numa base onde por muitas vezes Caicedo voltava e se alinhava com Moreno formando um triângulo no meio dificultando a transição ofensiva do time da casa.
Porém como eu disse, "o adversário jogou tão mal que até perdeu a graça" Sem força na marcação defensiva, o Botafogo tinha vários problemas quanto ao seu jogo. A transição ofensiva não funcionava, muito fruto da má partida de Gregore e Marlon Freitas, os atacantes eram pouco acionados, mais uma vez Eduardo andando em campo, Savarino não conseguia dar sequência às jogadas e o time era refém de chutes de fora da área vinda de seus zagueiros.
E num lance polêmico, Enamorado tentou cruzar e a bola bateu no braço de Hugo. Pênalti que Carlos Bacca fez. 0 x 1
Desnorteado no jogo, o Botafogo continuava sua saga de erros individuais e coletivos e em dois contra-ataques os colombianos chegaram a mais dois gols, como Fuente e Bacca. 0 x 3. O Fogão ainda diminuiu com Hugo, mas o show de horrores, que foi o primeiro tempo, há muito não era visto pelos lados do Engenhão.
No segundo tempo o técnico interino, e já substituído, Fábio Matias lançou Luiz Henrique e
Tchê-Tchê em campo, nos lugares de Savarino e Gregore. Só essas duas mexidas, mais o papo no vestiário melhoraram muito o time. O Botafogo demostrava mais aplicação na parte tática, e mesmo com a má partida de Eduardo e cia, os espaços para o adversário diminuíram.
Gatito Fernández já não via os atacantes do time colombiano chegarem tanto à sua área.
A produtividade ofensiva, não aumentou, pois como Luiz Henrique, voltando de contusão, ainda demonstra dificuldades nos movimentos. Jefinho e o recém-chegado Óscar Romero, também participaram do jogo sem muita inspiração.
O resultado foi muito ruim, porém um tempo mal jogado, onde o time parecia desconcentrado e passivo à atitude do Barranquilla foi o fator preponderante para o resultado.
Faltou, principalmente no primeiro tempo, aplicação tática. O time pode ter um dia ruim onde nada dá certo, porém intensidade é necessária. Na próxima quinta-feira, o time da Estrela Solitária vai a Quito enfrentar a LDU e a altitude .