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Toque de bola - Augusto Carpazano

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Sem Inspiração o Vasco perde e o Nova Iguaçu está na Final!

Por Augusto Carpazano 18/03/2024 às 10:02:58

Nova Iguaçu e Vasco da Gama duelaram pela segunda vaga na final do Cariocão 2024. Uma partida com o time da Baixada em vantagem, pelo empate no primeiro jogo. e o time da Colina mudando seu jeito de jogar, por observações do técnico Ramón Diaz no jogo de domingo passado como também no jogo do meio de semana, pela Copa do Brasil, onde o Internacional eliminou a "Laranja da Baixada".

No jogo de domingo passado, o Vasco entrou em campo com o esquema que se acostumou, e que se adaptou melhor nessa temporada: três zagueiros, dois alas, dois volantes armadores, e três atacantes, onde os pontas se alinhavam aos volantes sem a bola. Nesse sistema, o Nova Iguaçu encontrou muitos espaços entre as linhas de meio campo e defesa. Com isso, jogadores como Xandinho, Bill e Yago tiveram muitas oportunidades de chegadas na área do goleiro Léo.

O empate, pode se dizer, foi uma vitória para o time cruzmaltino, pois o que se desenhou em campo foi

um domínio laranja. Vendo o acontecido nesse jogo e a tomada de meio campo que Eduardo Coudet proporcionou ao time da Baixada, Ramón Diaz começou o jogo desse domingo com Medel como volante. Assim ele voltou ao 4-1- 4-1 da temporada passada. O problema foi que ele retira Paulo Henrique, lateral mais ofensivo do time, para entrada de Rojas, e Sfoza, jogador com mais dinâmica, para o apático Praxedes, que até tem bom toque de bola, mas sua intensidade física fez com que Galdames tivesse que correr pelos dois.

Outro problema foi Payet pela ponta. Além da falta de contribuição defensiva pelo francês, sua capacidade fica limitada a um espaço de lado para o gol. O Nova Iguaçu, com a vantagem do empate e depois de uma desgastante partida no meio de semana, além do calor escaldante do Rio de Janeiro de quase 40 graus, baixou suas linhas e suportou bem a pressão do Vasco na primeira etapa do jogo.

No segundo tempo, a "Laranja da Baixada" melhorou no jogo. Apostando mais em saídas às costas dos laterais vascaínos, Xandinho e Bill encontram espaços e limitaram o jogo de Rojas e Pitón, forçando Medel a cobrir os dois lados desgastando o veterano jogador. Praxedes continuava mal em campo mas Ramón, ao sacar um jogador para mudar a característica do time, preferiu tirar Galdames ao camisa 21. Com a entrada de David e Zé Gabriel, o treinador visava oxigenar seu meio campo e aumentar a velocidade no ataque, porém Praxedes, em campo, deixava o jogo lento, e Payet, continuava a buscar os lados e David ficou perdido em qual posição jogar.

Numa saída de bola rápida, e pela lateral do gramado, o goleiro do time da baixada acionou Xandinho que deu passe rápido pelo meio, onde encontrou Carlinhos e, o artilheiro do campeonato, lançou Bill que bateu cruzado, sem chances para o goleiro Léo. 1 x 0 A torcida cruzmaltina já estava sem paciência e "Dom Ramón" finalmente sacou Praxedes, promovendo a entrada de Sfoza. Paulo Henrique também já estava em campo, tentando aumentar a velocidade pelos lados, porém os espaços que o Internacional encontrou, entre linhas no meio de semana, no time laranja, não apareceram nesse jogo.

Índio e Albert, fizeram uma partida taticamente perfeita, "quebrando" as jogadas que chegavam à área. O Nova Iguaçu segurou o jogo até o último minuto sem sofrer grandes sustos pela má partida, tática e tecnicamente falando, do time do Vasco. Nas próximas semanas teremos algo que não vemos desde 2006. Uma final com um time grande e um pequeno, do futebol carioca. A última vez foi quando Botafogo e Madureira duelaram com vitória do glorioso contra o time do desconhecido meia, que depois se tornaria um dos melhores volantes do futebol brasileiro, Maicon.

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