Barra Mansa - Em uma noite marcada por emoção e escuta, o candidato a prefeito de Barra Mansa, Marcelo Cabeleireiro, e seu vice, Léo da Joalheria, ambos do União Brasil, participaram de encontro com um grupo de mães de crianças e jovens com autismo. O evento, realizado na quarta-feira, 19, foi um espaço onde essas famílias puderam compartilhar suas histórias, angústias e desafios cotidianos.
Vanessa Alves Fonseca de Carvalho, mãe de Henrique, de 17 anos, abriu a roda de conversas com um importante relato. Professora e moradora do bairro Santa Lúcia, ela expôs as dificuldades enfrentadas no dia a dia com o filho e a falta de sensibilidade do poder público diante das necessidades dos autistas. "A gente vive em muitas salas de espera. Falta tudo: neuropediatra, fonoaudiólogo, terapeuta. Os profissionais da linha de frente estão despreparados. Cada criança ou jovem autista apresenta necessidades específicas, mas a prefeitura parece ignorar essas diferenças, o que agrava ainda mais a situação. Não há apoio especializado, e falta suporte emocional para nós, que enfrentamos uma jornada difícil desde o momento do diagnóstico", desabafou Vanessa.
Camila Cristina da Costa Santos, mãe dos gêmeos Maria e Luiz, de 10 anos, também trouxe sua vivência. Moradora do bairro Saudade, destacou a falta de informação como um grande obstáculo para o acesso aos direitos dos autistas. Um exemplo é o BPC LOAS (Benefício de Prestação Continuada), um benefício essencial que, segundo ela, deveria ser fácil de solicitar na Secretaria de Assistência Social, mas acaba se tornando uma luta burocrática. "Muitas famílias, por falta de suporte, acabam contratando advogados para garantir um direito que é básico, o que gera mais custos e mais desgaste emocional. Nós, familiares, vivemos em exaustão", enfatizou Camila, ressaltando que além de lutar pelos direitos de seus filhos, as famílias enfrentam uma rede pública fragmentada, pois não existe um protocolo de rede integrada envolvendo os setores relacionados diretamente aos autistas, como a saúde, educação, cultura e afins.
Alzinete Raquel Costa Rodrigues, mãe de Yasmin, de 10 anos, trouxe um testemunho de superação. Moradora da Estamparia, Azinete comenta sobre como o balé transformou a vida da filha, que hoje é medalhista em competições no Rio de Janeiro e São Paulo. "O balé ajudou a Yasmin a vencer várias dificuldades. Mas não recebemos apoio público. Realizamos rifas e eventos para pagar as aulas e o transporte para as competições. É um esforço grande, mas é o que eu faço para que ela tenha a chance de se desenvolver", afirmou Alzinete.
A reunião foi intermediada pela professora Tânia Regina, diretora de educação da Associação Autismo Superação de Barra Mansa. Ela analisou que muitas famílias ainda desconhecem como proceder diante do laudo do autismo, por isso, a importância de investir cada vez mais em politicas que integrem os serviços públicos, possibilitando a melhoria da qualidade de vida dos autistas e seus familiares.
Compromissos de Marcelo e Léo
Após ouvir atentamente os relatos, Marcelo Cabeleireiro e Léo da Joalheria assumiram compromissos importantes para melhorar a vida das famílias que convivem com o autismo e dos próprios portadores de TEA. Entre as propostas apresentadas, destaque para a criação de uma gerência/ secretaria específica para cuidar de pessoas autistas, desde a infância até a fase adulta, e seus familiares; a implantar polos regionais da Casa Azul, oferecendo atendimento especializado e humanizado, bem como a melhoria da estrutura da unidade da Colônia Santo Antônio. A proposta inclui ainda realização de concurso público, a valorização e a qualificação contínua visando o aprimoramento profissional..
Marcelo e Léo também se comprometem a investir em programas de arte, cultura, lazer e esportes como ferramentas para o desenvolvimento da linguagem e expressão dos autistas, além de criar iniciativas inovadoras para inclusão no mercado de trabalho, respeitando as possibilidades de cada um. Outro ponto importante foi a garantia da emissão da carteirinha de passe livre para autistas, pessoas com deficiência e seus acompanhantes, diretamente pela prefeitura, facilitando o acesso aos serviços públicos e aplicação além do percentual mínimo exigido por lei em educação especial e saúde.
-O bom político é aquele que ouve as pessoas, pois são elas que vivenciam o problema e suas consequências. Eu e Léo selamos esse compromisso com os autistas e seus familiares. O principal foco do nosso governo é o cuidado com as pessoas, inclusão social e o bem-estar de todos. Para isso, vamos colocar em prática todas essas reivindicações, incluindo o agente de apoio como profissional de mediação e parte da equipe pedagógica e buscar alternativas para minimizar o impacto do processo de transição da dinâmica de rotina do Ensino Fundamental I para o Ensino Fundamental II - afirmou Marcelo.
Fonte: Ascom Marcelo Cabeleireiro
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