Após a vitória magra frente ao Equador, em Curitiba, a Seleção Brasileira foi a Assumpção enfrentar ao Paraguai por mais uma rodada das Eliminatórias para a Copa de 2026. E tendo em vista o fraquíssimo desempenho ofensivo do time, Dorival Jr sacou o ponta Luiz Henrique e veio a campo com o atacante Endrick, que estreava como titular nas Eliminatórias.
Dessa forma, o time passava a um jeito mais tradicional, taticamente, e ganhava em vitalidade pelo meio com um jogador com mais vocação para o gol. O Paraguai, que fez péssima campanha na Copa América, perdendo inclusive para o Brasil por 4 x 1, veio a campo com o 4-1-4-1 no qual Gustavo Alfaro foi bem conservador.Tendo uma defesa com quatro zagueiros, sendo dois improvisados como laterais, os paraguaios ainda perderam Alderete, contundido, durante a partida.Porém isso até ajudou a boa marcação da equipe Guarany, sem perder sua capacidade de tocar bem a bola. Isso pois, tinha como os três jogadores centrais, Villasanti, entre os zagueiros e meias, Bobadilla e Enciso, mais a frente, e nas pontas de Diego Gómez e Almirón, bem abertos dando amplitude para o time da casa.
Sem pontas velocistas, os paraguaios apostaram em marcação e toque curto. O Brasil, repetiu os mesmos problemas da última partida. Falta de profundidade e volume ofensivo.
Endrick não é um centroavante um jogador de área! Pode até que, com o tempo, ele se torne, no entanto, o camisa 9 tá mais para um, antigo, camisa 7. Dessa forma, o jogo tocado, e a tentativa de usá-lo como pivô não funcionava. Para seu jogo fluir é necessário mecanismos de jogo de transição com jogadores muito intensos no meio-campo.
A principal jogada de perigo da Seleção, acabou sendo um chute de Guilherme Arana, que Balbuena tirou em cima da linha.
O Paraguai, com sua estratégia de jogo modesto, acabou fazendo o primeiro gol, com bom toque de bola, marcação frouxa do Brasil e gol, de trivela, de Diego Gomez! 1 x 0.
No segundo tempo Dorival voltou com o time com duas substituições. Bruno Guimarães, apagado no jogo, e Endrick, pouco acionado, deram lugar a Luiz Henrique e João Pedro.
Assim, Rodrygo veio para o centro do campo fazer companhia a Paquetá na zona de criação do time.
Além de aumentar a ofensividade e a qualidade criativa da Seleção, o treinador tentava fazer com que Enciso participasse menos do jogo, forçando o meia a dedicar-se mais do jogo defensivo. A produtividade ofensiva melhorou, mais por destaques individuais do que propriamente mecanismos táticos funcionais. Luiz Henrique tentava suas jogadas individuais, João Pedro perdido em campo, Rodrygo ainda teve a melhor chance de gol, mas mandou para fora.
Vini Jr, mais uma vez apagadíssimo, apareceu apenas num chute de fora da área que parou na boa defesa de Gatito Fernández. Dorival tirou Rodrygo e Paquetá lançando Gérson e Lucas Moura, que pouco contribuíram com o jogo. Já no desespero, ele tirou o lateral Arana e colocou o atacante Estevão, tentando um 3-1-6, mas com desempenho técnico muito abaixo das expectativas.
A derrota, mostra muito do momento dos jogadores em que não conseguem mudar a história do jogo, e deixando claro a fase pobre demais para uma Seleção Pentacampeã Mundial .