Na noite dessa quinta-feira Vasco e Athlético (PR) entraram em campo, no gramado de São Januário, pela segunda vez na semana. Na segunda-feira as equipes se enfrentaram, num jogo cheio de alternativas e polêmicas, pelo Brasileirão 2024.
Pela Copa do Brasil o jogo começou parecido com o anterior. Os paranaenses usaram seu jogo de posse de bola e alto volume para pressionar os donos da casa. O técnico uruguaio Martín Varini tem um estilo bem complexo de jogo. A equipe rubro-negra variava seu jogo desde a saída de bola até a fase ofensiva.
Com estilo de saída parecido com o que fazia Fernando Diniz no Fluminense, o Furacão abusou de jogadas com bola no chão começando com Erick, pseudo-lateral direito, se alinhando com Gabriel, como volante, e Esquivel fazendo um posicionamento de três zagueiros.
O 3-2-4-1 tinha Kaíque, Thiago Heleno e Esquivel na zaga, Gabriel e Erick no meio, Cuéllo e Canobbio como alas ultra-ofensivos, Christian e Zapelli se aproximando do centroavante Mastriani. Os movimentos dos alas vindo por dentro, os laterais se alternando entre defesa e meio-campo e a infiltração dos meias, trouxe muitas indecisões ao posicionamento dos donos da casa.
Sem jogadores importantes, como Paulo Henrique, Adson e Phelippe Coutinho, Rafael Paiva continuou com seu 4-2-3-1, mas com movimento interessante. Com a participação de Puma Rodríguez como titular, em muitas oportunidades, principalmente na saída de bola, o lateral uruguaio posicionava-se como ponta, Hugo Moura ou Matheus Carvalho baixava para zaga e João Victor vinha como lateral. Assim o treinador dos donos da casa, tentava bloquear a saída de três do Furacão. Porém os minutos foram passando e o Vasco não via a cor da bola. Além do bom jogo imposto por Martín Varini, jogadores importantes como Payet e Pitón não fizeram uma boa apresentação nos primeiros minutos de jogo.
O Athlético foi se sentindo cada vez mais confortável e, mesmo sem muitos sustos para o goleiro Léo Jardim, os visitantes tiveram muito mais a posse de bola e o domínio do jogo.
E, como dito anteriormente, os movimentos complexos do Furacão, somando-se a intensa movimentação do time trouxeram o primeiro gol do jogo. Christian invadiu a área e recebeu bom passe, de Mastriani, para tirar o zero do placar! 0 x 1 Atordoado com a movimentação dos adversários, mas precisando do resultado no primeiro jogo, o Vasco partiu para cima e teve sua primeira boa chance no jogo quando Payet encontrou Pitón, livre de marcação, mas o lateral vascaíno chutou para fora.
Apesar da melhora no final do primeiro tempo, o resultado nos quarenta e cinco minutos iniciais, acabou sendo justo.
Na segunda etapa, Rafael Paiva tentou espelhar o esquema tático dos adversários empurrando Pitón e Puma para as pontas e trazendo Émerson Rodríguez e Rayan mais perto do centroavante Vegetti. Dessa forma, Mateus Carvalho ficava mais perto dos zagueiros e Hugo Moura e Payet eram os incumbidos da armação do jogo.
Com o mal jogo individual de alguns jogadores vascaínos, o técnico cruzmaltino substituiu Émerson Rodríguez e Matheus Carvalho por Leandrinho e Sforza. A tentativa era de ter mais velocidade pelo lado do campo e mais qualidade técnica pelo meio.
E sem um jogo brilhante, nem muita tática, os donos da casa chegaram ao empate.
Após lançamento para área, Rayan ajeitou de cabeça e Puma Rodríguez, soltou a bomba no ângulo do goleiro Léo Linck. 1 x 1
O Vasco tentava, mas parava na boa marcação do Athlético. Léo Linck trabalhou pouco no jogo. Vendo o volume ofensivo gerado do lado esquerdo de ataque vascaíno, com Pitón, Leandrinho e Jean Meneses caindo pelo mesmo lado, Martín Varini colocou João Cruz e Felipinho para reforçar a marcação no setor.
Mas no apagar das luzes o time cruzmaltino conseguiu a virada. Após escanteio batido e a bola ajeitada de cabeça, Hugo Moura testou no contrapé de Léo Linck. 2 x 1. Pela segunda vez na semana, o Vasco vence o Athlético (PR) de virada e por 2 x 1 demonstrando que dentro de São Januário, o Gigante ainda é o dono da casa!